Nos primeiros anos de vida somos apresentados ao mundo e aprendemos a desenvolver nossas capacidades cognitivas, exercitando a imaginação e a percepção.
Que grande é esse tal mundo, tudo é tão novo e tão fresco! Talvez seja esse o momento mais importante de nossas vidas, onde temos a oportunidade de conhecer e explorar intuitivamente nossa riqueza lúdica, enquanto hesitamos os primeiros passos que imprimiremos no
papel mundo.
...A areia do tempo escorre por entre nossos dedos e, de repente, muitas vezes o que sobra em nossas mãos é apenas um punhado de grãos. Recomecemos, então!...
Durante os anos decorrentes, somos educados a ler e escrever, condicionados a exercitar nosso lado lógico, racional. Vivenciamos muitas experiências pessoais que nos fazem acreditar que manter-se sob uma conduta pessoal objetiva, pragmática é a opção mais coerente. Muitos de nós – principalmente nas grandes metrópoles – crescemos sob a ideologia social de que “amadurecimento” é sinônimo de “seriedade” e que, sem esta última, praticamente inviabilizaremos todas as chances de nos tornarmos cidadãos “confiáveis” e bem vistos perante os olhos da sociedade. Não é raro encontrarmos pelas ruas olhares “fechados” e sem brilho, onde muito bem poderia ser a
moradia das cores.
A tríade
maturidade-seriedade-competência tornou-se durante muito tempo o guia orientador da conduta social humana – sobre a qual tais códigos estenderam-se também a esta que vos escreve. Não fosse esse errôneo modelo de postura que nos é proposto (a adoção de uma conduta “séria”,
carrancuda como estereótipo de pessoas “sérias e maduras”), acredito que seríamos mais seguros pelo respeito às nossas reais necessidades e desejos.
É durante a fase adulta, nosso áureo momento como estreantes no teatro da vida, que voltamos a tecer os fios coloridos guardados na infância para a confecção de nossa criatividade adormecida. Ou, mais tarde, sob o experimentar da velhice, do recolhimento de nossa intimidade que, ao nos encontrarmos novamente conosco percebemos a importância de sonhar. Seres humanos inexistem sem sonhos, pois estes são nossas extensões vivenciais projetadas no Cosmos.
A areia do tempo escorre por entre nossos dedos e, de repente, muitas vezes o que sobra em nossas mãos é apenas um punhado de grãos. Recomecemos, então! Que seja possível transcender nossas capacidades, proliferando cosmicamente nosso olhar, expandindo nossa paixão, buscando inspiração em nossa essência, como fontes potenciais da quântica Universal.
Este espaço visa o nascimento de um novo olhar, mais intimista, que possibilite proliferar em nosso interior os frutos cósmicos, através da miscigenação das sementes multicoloridas da criatividade e do ludismo. Vamos nos permitir! Deixemos os fios condutores Universais nos guiarem pela verdade, a
nossa verdade, possibilitando a efervescência de nossa capacidade imaginativa, onde possamos transgredir paradigmas e visões pré-estabelecidas. Estabeleçamos uma meta principal, nossa única lei: ser feliz.
Este é o momento de apreciarmos a nós mesmos, nos deliciarmos com nossas infinitas possibilidades e capacidades. É preciso sentir a poesia da vida, ler os versos dos dias, colorindo tudo ao redor a cada nova página. Qual é o tamanho do seu sonho?
Fonte: L'Aura Portal
